“Por
esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Cristo Jesus, por amor de vós,
gentios, se é que tendes ouvido a respeito da dispensação da graça de Deus a
mim confiada para vós outros;” Efésios 3:1-2
Quem gosta de sofrimento?
Acho que ninguém. Mas parece que a nossa geração evita qualquer tipo de
sofrimento. Qualquer atividade que exija disciplina e que irá,
consequentemente, gerar sofrimento é abortada imediatamente. Atividades como
estudar uma língua, um instrumento ou fazer uma dieta ou exercícios físicos,
são as que mais aumentam as estatísticas de desistência em escolas e academias.
Mas acontece que
de uma forma ou de outra nós passamos por sofrimentos e aflições, alguns mais
outros menos. A Bíblia nos diz que no mundo teremos aflições.
Mas havia um
homem chamado Saulo de Tarso que depois de um encontro com Jesus Cristo,
decidiu seguir o Mestre, e não só isso, decidiu ser o Seu prisioneiro. E como
isto aconteceu? Vamos ver algumas coisas sobre a vida de Saulo de Tarso.
Em primeiro
lugar, Saulo de Tarso era um homem muito inteligente. Ele tinha a habilidade e
a inteligência para se adaptar rapidamente a qualquer audiência a que ele se
dirigia. Ele tinha conhecimentos profundos sobre a cultura grega, para falar aos
gregos. Como um cidadão romano, ele tinha muita familiaridade com o estilo de
vida romano. Ele tinha um conhecimento muito grande das escrituras e poderia
falar para qualquer grupo de fariseus ou para o alto clero judaico. Ele era
influente, muito conhecido e altamente respeitado pelos acadêmicos e teólogos
judeus de sua época, até que se tornou – Paulo, o cristão.
Precisamos levar
em conta que todas estas pessoas da alta sociedade Romana e judaica
consideravam os cristãos um grupo de pessoas completamente doidas. Os cristãos
da época criam em um Messias que a maioria do povo de Israel havia rejeitado, e
que este Messias foi enviado por Deus, que morreu e ressuscitou. Era aceitável
esta postura de Pedro, um pescador supersticioso, tosco e com pouco estudo, mas
não de Paulo, um acadêmico inteligente.
Em segundo
lugar, Saulo também era uma pessoa multicultural. Ele conhecia várias culturas
da época, falava vários idiomas, era muito viajado, lia e estudava muito sobre
diversos aspectos culturais da época, e sentia-se à vontade em qualquer grupo
de pessoas, desde os fariseus em Jerusalém até a mais alta sociedade Romana.
Quando ele se converteu, já sabia de todas as tradições e formas de pensamento
das pessoas para o qual ele iria ministrar.
Em
terceiro lugar, Saulo de Tarso vinha das melhores linhagens dentre o povo
romano e foi criado aos pés dos homens mais cultos e inteligentes da época,
recebendo esta bagagem cultural como a sua maior herança. A Bíblia diz o
seguinte à respeito de Saulo de Tarso em Filipenses 3:4-6: Bem que eu poderia confiar também na carne. Se qualquer outro pensa que
pode confiar na carne, eu ainda mais: circuncidado ao oitavo dia, da
linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à
lei, fariseu, quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que
há na lei, irrepreensível.
Nós poderiamos
pensar que a inteligência de Saulo, sua visão multicultural e sua alta
reputação como judeu jamais permitiriam ele se curvar perante Jesus Cristo, mas
mesmo assim, ele se curvou.
Mas o que o
levou a se curvar a Jesus Cristo? O que foi que o trouxe ao lugar aonde os seus
maiores objetivos na vida foram abraçar Jesus de Nazaré como o Messias e
pregá-lo a todos os homens em todo o seu esplendor? Como Deus despiu Saulo de Tarso
de sua confiança na sua mente brilhante, sua identidade multicultural e sua
herança grandiosa como um cidadão romano e um judeu extremamente fiel à lei?
Deus o fez um prisioneiro.
O
livro de Atos no capítulo 9:3-5 diz: Seguindo
ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu
brilhou ao seu redor, e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo,
Saulo, por que me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta
foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues;
Paulo estava se
dirigindo à cidade de Damasco na Siria para matar qualquer cristão que ele
encontrasse na sua frente e de repente ele encontra Jesus de Nazaré, o mesmo
Jesus que ele odiava. E Jesus muda a vida de Paulo para sempre.
Ser prisioneiro
na vida real em nossa realidade é uma coisa terrível. Mas ser prisioneiro de
Jesus é uma dádiva. A morte chega para qualquer pessoa que é amante dos
prazeres, de uma forma ou de outra, por exemplo, quem ama as drogas, ou a
bebida, ou o cigarro. Mas ser prisioneiro de Jesus nos leva à vida eterna.
Muitas pessoas tem um preconceito de que o crente não pode fazer nada. Pelo
contrário, diz a Bíblia que tudo me é lícito, mas nem tudo convém.
O prisioneiro
deste mundo carrega um fardo terrível de culpa, ódio, vingança, pena a cumprir,
como que limitado a uma cela em um presídio, sem liberdade. O prisioneiro de
Jesus Cristo é liberto das trevas, do pecado, da morte, da condenação eterna. E
uma grande diferença que Jesus ressalta: O meu jugo é suave e o meu fardo é
leve. Jesus orienta e convida. O diabo engana, entorpece e escraviza até a
morte, física e espiritual.
A quem você quer
servir? De quem você quer ser escravo? A escolha é sua! Decida hoje servir a
Jesus, ser prisioneiro de Jesus. É um privilégio para mim ser prisioneiro de
Jesus. Eu conheci, em Jesus, a verdadeira liberdade. Confesse, hoje, a Jesus
Cristo como Senhor e Salvador de sua vida e serás salvo, tu e a tua casa.