segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Secularismo x Fé

“Cobiçais e nada tendes; matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis; pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres. Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tiago 4:2-4.

A Holanda (também como Países Baixos ou Netherlands) é um dos países mais secularizados do Oeste europeu, com 39% de sua população filiada a alguma religião. A religião nos Países Baixos é geralmente considerada uma questão de foro íntimo, que não deve ser propagada em público. 
Devido à falta de público, algumas igrejas têm sido transformadas em livrarias, cafés e casas de show. De acordo com a pesquisa da Eurobarômetro de 2010, 
·       28% dos cidadãos neerlandeses responderam que acreditam existir algum deus; 
·       39% responderam que acreditam que exista algum tipo de força e 
·       30% que não acreditam que exista nenhum tipo de força superior, deus ou nada espiritual. (fonte Wikipédia).

Os países baixos são conhecidos pelos valores tradicionais e virtudes civis, tais como a sua tolerância social, tendo se tornado conhecido por sua política liberal em relação à homossexualidade, drogas, prostituição, eutanásia e aborto.
É um dos países com melhor qualidade de vida do mundo, fator pelo qual possui um dos melhores Índices de Desenvolvimento Humano da Europa e do mundo, segmentado em sua forte política de assistência social e direitos considerados essenciais, como educação, saúde e segurança de qualidade, garantidos em nível máximo a seus habitantes. Os anos de 1960 e 1970 foram um momento de mudança social e cultural tão grande, como um rápido ontzuiling (literalmente: despilarização), termo que descreve a decadência das velhas divisões ao longo de classes e linhas religiosas. 

Jovens e estudantes em particular, rejeitaram os costumes tradicionais e impulsionaram uma forte mudança em temas como os direitos das mulheres, a sexualidade, o desarmamento e as questões ambientais. 
Atualmente, os Países Baixos são classificados como um país liberal, considerando a sua política de drogas e a legalização da eutanásia. Em 1 de abril de 2001, o país se tornou o primeiro do mundo a reconhecer o casamento homossexual. 
No contexto holandês, quanto maior foi o desenvolvimento humano, menor o desejo pelas coisas de Deus. Quanto maior a liberdade para o sexo, prostituição, as drogas, as opções homossexuais, o aborto e a eutanasia, maior a incredulidade, ou maior a falta de fé em um Deus superior e soberano. 
Corrie ten Boom, uma mulher que salvou milhares de judeus da matança dos exércitos alemães, viveu na contramão desta cultura liberal. Era crente fervorosa, discípula de Jesus Cristo e arriscou a sua própria vida em favor de um povo que não era o seu povo, mas era o povo de Deus, os judeus. Apesar de ser holandesa, em uma nação secularizada, incrédula, sem temor de Deus, mesmo assim, manteve seu testemunho, temor e fé, através da prática de obras que fortaleciam a sua fé, em um ambiente de guerra, de morte e de destruição, e ao entregar a sua vida, se colocando na mira do exército alemão, salvando milhares de judeus, amando-os como Jesus, cuidando deles como Jesus, e não se importando com a sua segurança, ganhou a sua vida. 
Ao passo que, milhares de holandeses nos dias de hoje, estão ganhando as suas vidas em IDH, em qualidade de vida, em conforto, em saúde, em felicidade, em comida e bebida, mas irão perder as suas vidas na eternidade sem Jesus Cristo e sem Deus. Fortaleça a sua fé! Aparentemente estamos em tempo de paz! Mas a guerra espiritual é intensa para deixar as pessoas à vontade, sem crise, sem problemas, sem fé. 
Se não acreditarmos que este mundo jaz no maligno e caminha para a destruição, também morreremos com ele, pois, a amizade do mundo é inimiga de Deus. Aquele que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus (Tiago 4:4).
Temos um caminho a trilhar e uma missão a cumprir. Não somos deste mundo, mas como peregrinos devemos viver, e ali, viveremos eternamente!
Em Cristo,

Pr. Filipe Espindola