“Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e
unir-se-á a sua mulher, e serão os dois uma só carne. De modo que já não são
mais dois, mas uma só carne. Portanto o que Deus ajuntou não o separe o homem.”
Marcos 10:7-9.
Muitas
pessoas tem uma ideia completamente equivocada a respeito do casamento. Ao
longo dos séculos o casamento, que é uma Instituição Divina, tem sido alterado
no seu conteúdo e forma, perdendo, assim, o seu significado para muitas
pessoas, pois o casamento fora dos padrões divinos não funciona, assim como o
barco fora da água. O casamento não é um contrato, ainda que os homens tem
criado um. O casamento não é um ajuntamento, ainda que as pessoas decidam morar
juntas. O casamento não existe entre pessoas do mesmo sexo. O casamento não é
por tempo limitado, mas até que a morte os separe, pois o que Deus ajuntou, o
que Deus uniu, o homem não pode separar. O próprio Deus estabeleceu a morte
como a única exceção para a separação da união sagrada. (Mateus 19:6-11 e 1
Coríntios 7:39)
Como
o casamento não foi inventado e nem criado por homens, mas estabelecido por
Deus, o homem não pode estabelecer as condições para o casamento, muito menos
alterá-las, mas o casamento deve ser as condições estabelecidas por Deus e quem
decide entrar no casamento deve aceitar as condições estabelecidas por Deus
para que seja abençoado e tenha dias felizes com sua esposa e filhos. Quando
Deus criou o casamento, Ele já está revelando o Seu amor pelo homem. Quando
Cristo é comparado ao Noivo e a Igreja à noiva, Deus está dizendo que jamais
vai abandonar o homem e Jesus jamais irá abandonar a Sua Igreja. Apesar do seu
povo tê-lo traído, se prostituindo com outros deuses, indo adorar os seus
ídolos e se prostrando perante suas imagens, apesar de Deus tê-los castigado
severamente, Cristo jamais abandonou a Sua Igreja pois é a Sua noiva. E este é
o grande exemplo para a humanidade.
Para
que um casamento possa permanecer durante a vida entre duas pessoas, um dos
principais fundamentos é o amor. O amor não é um sentimento, não é uma paixão,
não é uma preferência de beleza física, muito menos uma justificativa de
satisfazer o prazer pessoal. Paulo nos dá a descrição do que é o amor em 1
Coríntios 13. Em Gálatas 5, nos temos a lista das obras da carne, mas também temos
a definição de que o fruto do Espírito é o amor. Portanto, se alguém deseja ser
cheio de amor, transpirar amor, exalar amor para multiplicar o amor, precisa de
Jesus Cristo. Através de Jesus Cristo chegamos a Deus (João 14:6). E neste
processo, temos o agir maravilhoso do Espírito Santo. Uma vez que nos enchemos
da Palavra de Deus, do verbo eterno, que é Jesus, então Ele nos dará do Seu
Espírito, e se pedirmos, nos dará dos dons do Espírito. Mas sempre com o
propósito de servir ao próximo e não satisfazer a si mesmo. Esse é o princípio
do amor. Esse é o princípio do casamento.
Quando
duas pessoas se comprometem diante de Deus a serem fiéis até a morte,
prometendo cuidar do seu cônjuge, na saúde ou na doença, na alegria ou na
tristeza, nos tempos prósperos ou nos tempos de dificuldade financeira, muitos
simplesmente concordam rápido, não porque entendem, mas porque querem que o
oficiante do casamento para de falar e termine rápido a cerimônia. Outros estão
pensando na festa, na lua de mel, mas não estão na verdade conscientes da
promessa que estão fazendo diante de Deus. Nos tempos antigos, a palavra de uma
pessoa era suficiente para uma promessa realizada, na presença de duas
testemunhas. Hoje, para qualquer transação, é necessário um contrato, testemunhas,
notas promissórias, seguro fiança, penhor, garantias, etc... E ainda assim, as
pessoas falham nas suas promessas. Isso é tão verdade, que o cheque não é mais
aceito em muitos estabelecimentos, pois muitas pessoas não tem palavra, não
honram as suas próprias palavras. E o casamento desfeito é apenas mais uma
situação em que as pessoas não honraram as suas palavras ditas diante de Deus,
do oficiante, das testemunhas e da Igreja reunida.
O
casamento é uma aliança entre Deus e os cônjuges. No casamento há um
comprometimento de submeter a sua vontade pessoal para servir e amar ao seu
cônjuge. E Deus foi testemunha deste comprometimento e responsabiliza o casal
por esta decisão como está claramente escrito em Eclesiastes 5:4-5; Malaquias
2:1-4 e Mateus 5:37).
Muitos
dizem que quando acaba o amor, acabou o casamento. Mas isto é uma mentira,
falsidade e engano. Pois o amor jamais acaba. O que acabou, na verdade, foi a
paixão, o desejo carnal, o prazer pessoal. Assim como uma goma de mascar é
descartada quando termina o sabor, as pessoas descartam umas às outras. O amor,
que é dom de Deus, estava presente pela benção de Deus, mas jamais foi
experimentado, pois havia uma conduta de buscar o seu próprio prazer e não o do
cônjuge. Ainda que os cônjuges desobedeçam a Deus não amando o seu cônjuge,
isto não vai invalidar o casamento, pois o que Deus uniu, ninguém pode separar
(Colossenses 3:19; Tito 2:4).
Por
isso, quem casou com uma mulher, estará ligada à sua mulher enquanto esta viver
(1 Coríntios 7:39). Ainda que o homem se divorcie uma ou mais vezes, ele sempre
estará ligado à sua primeira esposa. “Ninguém pode dissolver este vínculo e
quem o faz se rebela contra Deus,” como diz o pastor Abe Huber. No caso de não
haver mais ambiente entre os cônjuges e estes estão com o coração endurecido e
querem se separar, a Palavra de Deus dá um conselho em 1 Coríntios 7:10-11:
“Ora, aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se separe do
marido. Se, porém, ela vier a separar-se, que não se case, ou que se reconcilie
com seu marido; e que o marido não se aparte de sua mulher.” No entendimento do
Pr. Abe Huber, de acordo com a Palavra de Deus, se o cônjuge incrédulo se
separar (1 Coríntios 7:12-15), a opção do cônjuge crente é ficar só, nunca
recasar.
E
quanto ao divórcio, em Malaquias 2:14-16 diz que “Deus detesta o divórcio”.
Quem recasar, repudiando sua mulher e casar com outra, comete adultério e
vice-versa (Marcos 10:11-12; Romanos 7:3; Lucas 16:18).
Por
tudo isso, recomendo aos casados que permaneçam casados e que sejam fiéis ao
seu cônjuge e a sua família. Sua vida quando era incrédulo está diante da cruz
e o Senhor perdoou os teus pecados. Mas separação e divórcio não são opções na
vida de pessoas que se consideram Igreja, que consideram a Jesus como Senhor e
Salvador, e que são fiéis à Sua Palavra. Seja fiel, viva como um discípulo de
Jesus Cristo e aprenda com Jesus que o marido jamais abandona a sua esposa e a
esposa jamais abandona o seu marido. Isto trará segurança, estabilidade e
felicidade para os filhos crescerem saudáveis e o Senhor será glorificado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário